segunda-feira, 31 de maio de 2010

Cursos de graduação

UFPE
Campus Recife
Cursos oferecidos Vagas
Administração 200
Arqueologia 30
Arquitetura e Urbanismo 100
Biblioteconomia 45
Biomedicina 120
Ciências Atuariais 30
Ciências Biológicas - Bacharelado 100
Ciências Biológicas - Ciências Ambientais 80
Ciências Biológicas - Licenciatura 100
Ciências Contábeis 220
Ciência da Computação - Bacharelado 100
Ciências Econômicas 120
Ciência Política - Ênfase em Relações Internacionais(Bel) 50
Ciências Sociais - Bacharelado 60
Ciências Sociais - Licenciatura 60
Cinema 50
Comunicação Social - Jornalismo 50
Comunicação Social - Publicidade e Propaganda 45
Comunicação Social - Radialismo (Rádio e TV) 30
Dança 30
Design 70
Direito 225
Educação Física 120
Educação Artística - Artes Cênicas 35
Educação Artística - Artes Plásticas 35
Enfermagem 80
Engenharia Biomédica 20
Engenharia Cartográfica 30
Engenharia Civil 120
Engenharia da Computação 75
Engenharia de Alimentos 35
Engenharia de Energia 20
Engenharia de Materiais 20
Engenharia de Minas 50
Engenharia Elétrica - Eletrônica 80
Engenharia Elétrica - Eletrotécnica 100
Engenharia Mecânica 100
Engenharia de Produção 40
Engenharia Química 90
Estatística 30
Expressão Gráfica 30
Farmácia 90
Filosofia 40
Física - Bacharelado 30
Física - Licenciatura 30
Fisioterapia 66
Fonoaudiologia 30
Geografia - Bacharelado 80
Geografia - Licenciatura 100
Geologia 40
Gestão da Informação 70
História 110
Hotelaria 20
Letras 120
Matemática - Bacharelado 30
Matemática - Licenciatura 40
Medicina 140
Museologia 30
Música - Canto 05
Música - Instrumento 15
Música - Licenciatura 60
Nutrição 60
Oceanografia 25
Odontologia 140
Psicologia 80
Pedagogia 250
Química - Bacharelado 20
Química - Licenciatura 30
Química Industrial 40
Secretariado 120
Serviço Social 120
Sistemas da Informação 25
Terapia Ocupacional 36
Turismo 70

Campus Caruaru
Cursos oferecidos Vagas
Administração 160
Ciências Econômicas 100
Design 160
Engenharia Civil 80
Engenharia de Produção 40
Física – Licenciatura 40
Matemática – Licenciatura 40
Pedagogia 80
Química 40

Campus Vitória
Cursos oferecidos Vagas
Ciências Biológicas - Licenciatura 120
Enfermagem 70
Nutrição – Bacharelado 60


UFRPE
UPE
  • Enfermagem
  • Bacharelado em Educação Física
  • Licenciatura em Educação Física
  • Fisioterapia
  • Medicina
  • Odontologia
  • Administração de Empresas
  • Administração (com ênfase em marketing de moda)
  • Sistemas de Informação

INEP divulga boletim do ENEM 2009


Os resultados já tinham sido divulgados em janeiro durante o período de inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), mas agora os boletins estarão disponíveis em PDF.

Para consultar os resultados, o estudante precisa ter em mãos o número do CPF e a senha gerada durante o período de inscrição da prova. No sistema, o aluno terá disponível as notas de cada uma das provas – ciências da natureza, ciências humanas , linguagens e matemática – além da redação. Será possível comparar a média obtida com a do restante dos participantes do exame.

Desde o ano passado, o Enem utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI) para calcular as notas do participante. O objetivo desta metodologia é medir o conhecimento a partir do comportamento observado nas provas.

Na escala construída pelo Inep, a nota 500 representa a média obtida por aqueles que concluíram o ensino médio em 2009 – com exceção dos egressos (que no passado já havia concluído o ensino médio) e dos "treineiros" (alunos que ainda não concluíram).

Quanto mais distante de 500 for a nota do estudante, para cima, melhor foi o desempenho dele em relação à média dos participantes. E quanto mais distante de 500 for a nota, para baixo, significa que esse candidato foi pior em relação à média.

Concorrência vestibular 2010 UPE


COLOCAÇÃO CURSO

Medicina - 31,67
Enfermagem (Petrolina) - 15,38
Administração - 14,17
Fisioterapia (Petrolina) - 14,15
Bacharelado em ciências biológicas - 13,87
Engenharia da computação - 12,88
Odontologia - 12,65
Enfermagem - 12,30
Nutrição (Petrolina) - 11,36
10º Engenharia mecatrônica - 10,8
11º Engenharia civil - 10,42
12º Psicologia (Garanhuns) - 9,58
13º Engenharia mecânica - 9,42
14º Educação física (licenciatura) - 7,56
15º Licenciatura em ciências biológicas (Garanhuns) - 7,27
16º Pedagogia (Garanhuns) - 7,12
17º Engenharia eletrotécnica - 7,11
18º Engenharia eletrônica - 7,05
19º História (Nazaré da Mata) - 6,63
20º Bacharelado em educação física - 6,59
21º Pedagogia (Nazaré da Mata) - 5,97
22º História (Nazaré da Mata) - 6,63
23º Engenharia de telecomunicações 5,13
24º Licenciatura em ciências biológicas (Nazaré da Mata) - 4,85
25º Matemática (Garanhuns) - 4,78
26º Geografia (Nazaré da Mata) - 4,70
27º Sistemas de informações (Caruaru) - 4,38
28º Administração (Caruaru) - 4,33
29º Adminstração (Salgueiro) - 3,88
30º Letras (Nazaré da Mata) - 3,67
31º Geografia (Garanhuns) - 3,52
32º Licenciatura em informática (Garanhuns) - 3,50
33º História (Petrolina) - 3,49
34º Licenciatura em ciências biológicas (Petrolina) - 3,48
35º Letras (Garanhuns) - 3,37
36º Matemática (Nazaré da Mata) - 2,84
37º Pedagogia (Petrolina) - 2,64
38º Letras (port. e suas literaturas, em Petrolina) - 2,51
38º Matemática (Nazaré da Mata) - 2,84
39º Geografia (Petrolina) - 2,10
40º Letras (inglês e suas literaturas, em Petrolina) - 1,93

domingo, 30 de maio de 2010

O Brasil precisa urgentemente de engenheiros

A formação de engenheiros no Brasil continua, mesmo após os investimentos dos últimos anos no sistema federal de ensino, muito aquém das necessidades. Todos os cursos de Engenharia do Brasil oferecem menos de 120 mil vagas, apenas 4% do total. Percentual irrisório, se comparado com outros países.
Na China os engenheiros são 40% de todos os formandos, na Coréia do Sul os formandos em Engenharia perfazem 26%. No Japão se formam em Engenharia 19,7% dos alunos. O México gradua 14,3% dos alunos em Engenharia.
Entre julho de 2008 e agosto de 2009 foram autorizados 589 cursos pelo Ministério da Educação, mas apenas 13% eram de Engenharia. Somente 52 cursos de Engenharia são ofertados entre os 283 cursos existentes nas treze novas universidades federais inauguradas no atual governo.
As instituições privadas, que tiveram um crescimento elevado no governo anterior, graduam 75% de todos os alunos no País, mas a qualidade, em geral, é baixa. Boa parte dos cursos são de curta duração e, na prática, não há mais seleção para entrada.
Informações do Ministério da Educação indicam que o número de alunos que fizeram vestibular para a área de Engenharia Civil, por exemplo, cresceu 86% em três anos, até 2008. Já as vagas cresceram apenas 49,6%. A razão de candidatos por vaga atingiu 3,5 em média, no País, e chegou a 8,4 para as universidades públicas.
A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, tem uma demanda de 13,6 candidatos por vaga. A Universidade de Campinas (Unicamp), uma das mais concorridas, conta com 27,4 alunos por vaga em Engenharia Civil.
Como consequência, há carência de engenheiros civis no mercado de trabalho, como demonstram estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV Projetos), da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Abrir vagas em Engenharia Civil tem um custo elevado. Segundo o Centro Universitário da FEI, em São Paulo, a construção de um laboratório é um investimento de R$ 2 milhões. Devido à redução na procura por vagas na década passada, quando o crescimento do país foi pequeno, muitas instituições privadas deixaram de investir.

Fonte: JC online 

sábado, 29 de maio de 2010

MEC divulgará boletim individual do ENEM 2009 segunda


  O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) vai disponibilizar na próxima segunda-feira (31), na página do órgão na internet, os boletins individuais de desempenho do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Os alunos que fizeram a prova poderão ver, no sistema, as cinco notas da prova (além da redação) e compará-los com a média do país.
  O órgão não soube informar o horário em que a consulta vai entrar no ar. Para ver o boletim, o estudante precisa do CPF e da senha que foi gerada na inscrição para o exame.
  Mais de 2,5 milhões de alunos fizeram a prova em novembro do ano passado. As notas –às quais o estudante já teve acesso durante a primeira etapa do Sisu (Sistema de Seleção Unificada)– foram calculadas por meio da TRI (teoria de resposta ao item).

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Universidades devem dar mais atenção à educação básica

As instituições de ensino superior do País precisam começar a lidar mais com a "pré-universidade", defendeu o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Carlos Alberto Aragão. O futuro das universidades e da pós-graduação brasileiras foi debatido nesta sexta-feira, 28, durante a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Na avaliação de Aragão, "os problemas da universidade começam no ensino fundamental", que não consegue ensinar bem às crianças as duas linguagens mais importantes para o desenvolvimento científico: matemática e português. "Nós precisamos de professores bem formados, qualificados e cujos salários sejam dignos. A universidade tem o papel de contribuir para formar bons professores", defendeu.
O presidente do CNPq também criticou o fato de o estudante precisar escolher precocemente, ao final do ensino médio, a carreira que pretende seguir. Ele propôs que os cursos de graduação ofereçam, nos dois primeiros anos, uma formação mais básica para que após esse período o estudante possa eleger uma área. "Assim, ele fará uma escolha madura que terá depois de dois anos na universidade", disse.
Os participantes do debate criticaram a "compartimentalização" das instituições em departamentos fechados que não interagem na produção de conhecimento. "É uma coisa altamente prejudicial que vai na contramão da história. A tendência moderna é a multidisciplinaridade e a organização em torno de temas. É pensar muito mais o problema em vez do rótulo", afirmou Aragão.
O professor Luiz Bevilacqua, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), defendeu que a universidade precisa de mais "coragem, criatividade e ousadia" para romper com os modelos antigos, sem necessidade de copiar "o resto do mundo".
"A academia tem de ser muito mais integrada. Não pode haver a separação de aluno de graduação, aluno do doutorado, professores, técnicos administrativos. As coisas têm de funcionar mais em conjunto", disse.

Fonte: Estadão

UFPE divulga mudanças para o Vestibular 2010.2

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou mudanças para o Vestibular 2010.2, que será realizado até julho, uma vez que o segundo semestre letivo de 2010 começa em agosto. Serão utilizadas apenas questões com proposição de múltipla escolha, ficando de fora as questões abertas e numéricas (V ou F). O exame do meio do ano será para os cursos de engenharia do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), câmpus Recife, e as licenciaturas em física, matemática e química, do Centro Acadêmico do Agreste, em Caruaru. Esses cursos tiveram vagas ociosas no último vestibular.

As vagas para os cursos a distância oferecidos pela UFPE também serão disputadas no Vestibular 2010.2. São oferecidas as licenciatura em letras – português (polos Ipojuca, Limoeiro, Pesqueira, Trindade, Jaboatão dos Guararapes e Recife), letras – espanhol (Garanhuns, Surubim, Tabira, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Recife) e matemática (polos Garanhuns, Surubim, Tabira, Jaboatão dos Guararapes e Recife).

São 233 vagas para as engenharias e 40 vagas para cada curso oferecido em Caruaru. Para a modalidade a distância serão disponibilizadas 850 vagas, sendo 300 para letras – português; 300 para letras – espanhol e 250 para matemática.

Os cronogramas com prazos e valor de inscrição, datas das provas e resultados dos vestibulares serão divulgados depois.

O vestibular para engenharias segue o modelo do Vestibular 2010 da UFPE, tendo o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como primeira fase e provas específicas elaboradas pela Covest (Comissão de vestibular) na segunda etapa. A nota do último Enem valerá 45% da média final. Os outros 55% serão conquistados com o desempenho em quatro provas (matemática, física, química e redação, além de duas questões discursivas de português).

Não haverá teste de língua estrangeira. Como as questões não serão abertas, o tempo de aplicação também foi reduzido. Ao invés de 4 horas e meia, os feras terão quatro horas para responder o exame. Segundo Ana Cabral, pró-reitora acadêmica da universidade, provavelmente os alunos farão a redação, duas discursivas e química no primeiro dia. Física e matemática ficariam para o segundo, mas ainda não foi confirmado. 

A seleção do Centro Acadêmico do Agreste vai dispensar o Enem, sendo aplicada uma única etapa em dois dias consecutivos de provas. As questões poderão ser respondidas em até quatro horas e meia. No primeiro dia, redação, duas discursivas, português (gramática e literatura), língua estrangeira, história e geografia. No segundo, provas de física, química, matemática e biologia.

INGRESSO EXTRAVESTIBULAR – O câmpus de Caruaru também terá ingresso extravestibular externo, que usará as mesmas provas do vestibular de meio de ano, com pesos específicos para cada curso, nos mesmos dias e horários. O ingresso extravestibular é voltado para estudantes de outras universidades que tenham cursado, no mínimo, 25% e, no máximo, 60% da carga horária do curso de origem. Os portadores de diploma graduados nos últimos cinco anos também podem concorrer ao processo. 



Fonte: JC online

UFPE terá vestibular mais difícil

Candidatos que farão vestibular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) no próximo ano terão mais trabalho para conquistar a vaga. O Conselho Coordenador de Ensino, Pesquisa e Extensão decidiu, esta semana, que questões discursivas serão incluídas nas provas das disciplinas específicas da segunda etapa do vestibular. Para este ano, estão mantidos apenas os dois quesitos discursivos de português. O conselho não definiu ainda o número dessas questões em 2011, mas prevê uma ou duas por matéria.

A pró-reitora acadêmica da UFPE, Ana Cabral, acredita que a inclusão das discursivas no concurso do ano que vem tornará a seleção mais completa. “As discursivas vão além do conhecimento meramente memorizado. O estudante tem que articular ideias, avaliar, mostrar entendimento. É um quesito mais completo”, observa a pró-reitora acadêmica. “Preferimos adotar a novidade apenas em 2011 para não interferir na preparação de quem fará o vestibular este ano”, diz.

REDAÇÃO - No vestibular do final deste ano, a UFPE não decidiu ainda se a nota da redação será computada na média da primeira fase, já que a prova que valerá é a do Enem (ao contrário do ano passado), ou se os pontos migrarão para a segunda etapa.

Fonte: JC online

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Escolas mudam modo de ensino para acompanhar ENEM

Alterações estão sendo feitas mais rapidamente na rede privada e com maior lentidão na pública.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vem modificando o método de ensino das escolas. As instituições de ensino estão trabalhando para que os seus alunos deixem a decoreba de lado e aprendam a raciocinar quando for responder às questões do exame. As mudanças estão acontecendo tanto nas escolas públicas como privadas.

No Enem, uma boa interpretação da questão pode garantir ao candidato um desempenho bastante satisfatório. O exame valoriza a competência e habilidade adquiridas pelo estudante ao longo de sua carreira escolar.

A Secretaria da Educação do Estado (Seduc) vem elaborando planos de ações estratégicas para que o aluno não seja prejudicado, pois o método de ensino ainda favorece a decoreba. "Existe um currículo escolar que nós temos de seguir. Por isso, temos que ter calma antes de modificar qualquer coisa", disse a orientadora da célula de aperfeiçoamento pedagógico da Seduc.

Em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), a Seduc vem desenvolvendo estratégias para levar aos alunos um ensino o mais adequado possível para o que o Enem propõe.

Também será feita uma sensibilização e mobilização dos professores e alunos para discutir quais as mudanças que podem ser feitas no ensino dos jovens. E vai acontecer a especialização dos diretores escolares.

Nas instituições privadas a mudança do método de ensino tem sido mais rápida. "Desde 1998, quando o Enem começou, vêm sendo feitos cursos e seminários para que as escolas foquem nas habilidades do aluno", disse o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe-CE).

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Oceanografia: uma profissão, várias áreas

Química no trabalho
Fotos: Bernardo Dantas/ Esp. Aqui PE/ D.A Press Brasil
Já parou para pensar sobre a cor do mar, o gosto da água? Para isso tem a oceanografia química, de onde saem respostas curiosas graças aos estudos dos processos químicos no ecossistema marinho. A oceanografia química estuda duas áreas interligadas: os fenômenos naturais e a poluição marinha.

Segundo a professora da UFPE, Jacqueline Silva Cavalcanti, a área da oceanografia química estuda como as ações humanas interferem no processo natural do mar. "Analisamos como a humanidade está interferindo na vida do oceano e quais consequências virão para a sociedade", comenta Jacqueline.

Física na rotina

Imagine poder transformar os movimentos das ondas do mar em uma equação matemática? Pois bem, essa é uma atividade do oceanógrafo físico. O profissional pode atuar estudando a temperatura superficial do oceano, a quantidade de salinidade nas águas, a variação no nível do mar, dentre outros aspectos.

O professor da UFPE, Antonio Fernando Harter Fetter Filho, veio dos Estados Unidos para ensinar no Brasil a oceanogreafia física. "Amo o meu trabalho e isso faz toda a diferença. Me realizo ao transformar os fenômenos do mar em uma equação matemática", explica Antonio.

A oceanografia trabalha com as ciências exatas e para aqueles que não se dão bem com os cálculos, o professor Antonio dá uma dica super especial: "Procure resolver as suas dificuldades na graduação ou até mesmo depois numa pós. Eu tinha muitos problemas com matemática, então resolvi fazer um aperfeiçoamento dentro do meu doutorado na área em que eu precisava melhorar", afirma.

Geologia e seus desafios

Imagine poder navegar pelos oceanos antigos? Desbravando os mistérios que cercam o fundo do mar? Essas atividades são do oceanógrafo geológico que estuda a paleoceanografia.

Segundo a professora de oceanografia geológica da UFPE, Núbia Chaves Guerra, a paleoceanografia é uma das áreas mais fascinantes. "No estudo dos oceanos antigos encontramos fósseis sedimentarizados e analisamos as rochas calcárias. Aqui em Pernambuco temos a bacia sedimentar Pernambuco-Paraíba que já foi mar e atualmente pesquisamos no local", explica a professora.

O profissional também estuda as jazidas de óleo (como a camada do pré-sal), as jazidas de minerais (como os nódulos de manganês e calcários) e a morfologia submarina (como os vulcões e montes submarinos). Assim explica a professora Núbia: "A área é bastante vasta, pesquisamos as ondas, os tsunamis que são os abalos sísmicos no oceano e as ilhas vulcânicas são apenas um exemplo das opções de trabalho".

Biologia do mar

A vida dentro do oceano é algo mágico e sedutor. Quem decidi seguir carreira como oceanógrafo biológico vai trabalhar estudando a vida dentro do ecossistema marinho. Foi essa escolha que o professor da UFPE, Mário Barletta, fez.

"Eu faço o que melhor sei fazer, por isso decidi pela oceanografia biológica", relata o professor. Mário trabalha num projeto em que estuda os mangues. "Analiso a presença dos animais neste ambiente, que é considerado o berçário de muitas espécies marinhas e como as ações humanas estão interferindo neste cenário natural", ressalta Mário.



Fonte: Diário de Pernambuco

Oceanografia

UNE focada na moradia estudantil

Os calouros aprovados no Exame do Ensino Médio (Enem) em universidades federais pelo Brasil encontraram uma série de obstáculos para se instalar nas cidades para onde se mudaram, no início do ano letivo. Aluguéis caros e condição econômica fizeram com que muitos passassem aperto em seus novos endereços.
De acordo com o vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Tiago Ventura, de 23 anos, a moradia estudantil se tornou, nos últimos anos, uma das principais bandeiras da entidade, por conta da expansão do acesso ao ensino superior. "Já estamos travando esse diálogo com o MEC e com universidades. Queremos destinação específica de 14% da verba da universidade para assistência estudantil", afirmou Ventura, para quem a construção de residências, restaurantes e até creches dentro do câmpus seriam prioridades.
A discussão sobre a política de assistência estudantil foi pauta de reivindicação da UNE durante a Conferência Nacional da Educação (Conae), realizada em março. Ventura, que estuda Direito da Federal do Pará, lembra que foi aprovada durante o encontro a criação de pró-reitorias de assistência estudantil. "Vamos cobrar do governo tudo isso."

Aventureiros do ENEM

  Ter de se ambientar em uma cidade desconhecida, achar um imóvel e enfrentar a solidão. Nada disso costuma impedir jovens de trilhar a vida acadêmica longe de casa. Mas a chance de se matricular em universidades de todo o País usando a nota do Enem turbinou o número de estudantes que decidiu fazer as malas para estudar.
  Mesmo com os problemas graves registrados durante o cadastramento pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o resultado foi inédito. Segundo o MEC, do total de aprovados nas 51 instituições federais que adotaram o Enem – e ofereceram ao todo 47,9 mil vagas –, 25% deixaram seus Estados de origem.

Brasília (DF)-Manaus (AM)
Rio de Janeiro (RJ)-Manaus (AM)
O brasiliense Adriano Silva, de 29 anos, que já vagou pelas ruas e morou num albergue de Manaus.Adriano já tinha trabalhado como missionário da Igreja Católica na Região Norte em 2007. Passou um ano visitando de barco comunidades ribeirinhas. “Queria ter a chance de conhecer melhor a Amazônia.” Por isso, quando passou em Engenharia Florestal na Federal do Amazonas, não pensou duas vezes antes de pedir as contas numa empresa de telecomunicações e seguir para Manaus.
“Quando fiz a matrícula, a atendente perguntou sobre a residência. Disse: ‘Moça, acabei de chegar de Brasília, não conheço nada aqui.’ Ela respondeu: ‘Então você vai morar na floresta amazônica mesmo’.” O universitário alugou quarto numa pousada. Até que o dinheiro da rescisão acabou e ele ficou na rua. Adriano procurou um albergue, mas ele estava lotado de haitianos refugiados do terremoto. No segundo albergue, conseguiu vaga, mas o medo de pegar alguma doença – Adriano diz que ratazanas roçavam seu braço à noite – fez com que procurasse ajuda na universidade.
Descobriu uma moradia para alunos carentes, a Casa do Estudante, onde vive hoje. “Nunca duvidei de que tudo daria certo”, brinca. “E compensou, o curso é bem versátil. Você estuda várias áreas: matemática, química do solo. Não penso em voltar para Brasília. Aqui precisa de mão de obra, é uma cidade em crescimento.” Caloura como Silva e carioca de nascimento como os pais, Raissa Alcântara, de 19 anos, filha de pai militar, não conhecia Manaus, mas queria fazer engenharia florestal. Ela se diz sortuda por seu pai ter sido transferido há um ano para a capital. “Já moramos em vários lugares, mas um ano atrás, meu pai foi transferido para Manaus e já comemorei. Fiquei um ano morando com minha tia no Rio para acabar a escola e passei no vestibular por conta do Enem”, diz. Raissa já avisou ao pai militar que, se ele for transferido, ela vai ficar na cidade para concluir o curso. “E quem sabe viver aqui, com esse laboratório todo ao redor creio que não vai faltar trabalho”. “Meus amigos no Rio tinham preconceito sem conhecer a cidade, dizendo que aqui não teria nada para fazer, mas tem sim e nem estou sentido falta da praia. Como está todo mundo começando o mesmo curso, todo mundo se ajuda, convida para festas”, diz Raissa. 

Salvador (BA)-Brasília (DF)
César Costa Carvalho, 19 anos, é filho único de uma família de classe média baixa do bairro popular de Cajazeiras, em Salvador. Nem o fato de o curso de Relações Internacionais inexistir na Universidade Federal da Bahia (Ufba) o fez desistir do seu objetivo, que é se formar em Relações Internacionais.Segundo ele, os pais estão se virando como podem para mantê-lo. O gasto médio passa de R$ 1 mil. “Reconheço que fica muito caro para eles, mas vou saber recompensá-los por esse investimento”, promete. Enquanto cursava o último ano do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) na capital baiana, se inscreveu no Enem, focando uma vaga na Universidade de Brasília (UnB). Obteve nota suficiente, mas esbarrou no número limitado para cotista. “Sei que estou entre os dez, não sei exatamente qual a minha classificação”, diz.
Sem desanimar, Carvalho conseguiu uma vaga na Universidade Católica, em Brasília. Submeteu-se a uma prova de seleção para obtenção de bolsa de estudo e conquistou uma das duas integrais oferecidas pela universidade. Ele não desistiu de ser chamado pela UnB mas, paralelo ao curso na UCB, frequenta um pré-vestibular para prestar um novo exame na universidade federal. “Os primeiros dias foram muito difíceis. Sem conhecer ninguém, numa cidade completamente diferente da minha em tudo, até no clima. O modo de viver das pessoas em Brasília é muito diferente, são mais frios, mais individualistas. Ainda sinto muita falta de tudo na Bahia, embora já tenha feito amizade com alguns colegas de faculdade”, desabafa César, que nem pensa em voltar.
Morando num pensionato, ele enfrenta uma longa jornada de ônibus ou metrô, até a cidade satélite de Taguatinga, para frequentar a universidade. Está na quarta moradia desde que chegou a Brasília, há quatro meses. “Não me ambientei nas duas primeiras repúblicas e meu pai, quando veio me visitar, achou a terceira muito apertada, mal cabia uma cama. Agora, encontrei um local mais espaçoso, onde também oferecem alimentação e lavagem da roupa, ficou bem melhor.” “Adorando o curso”, ele diz que a maior dificuldade sem sombra de dúvidas é a saudade da família driblada com ligações telefônicas diárias. Ele e os pais escolheram um plano de serviço oferecido por uma operadora de telefonia móvel com direito a ligar gratuitamente para determinados números. Outra dificuldade é a falta de lazer, lhe faltam tempo e dinheiro para tanto. "Mas, eu vim para Brasília com o objetivo de estudar e tenho me dedicado a isso. As aulas no cursinho incluem os finais de semana, não sobra tempo, mesmo", conforma-se e conclui: "É o objetivo de minha vida, por isso tudo já está valendo à pena".

Belém (PA)-São Paulo (SP)
Nascido em Belém, Felipe cursa licenciatura em Ciências na Unifesp, em Diadema, ABC paulista. Além dos desafios enfrentados por qualquer calouro, esbarrou em outros. Nunca tinha saído do Pará. Aliás, nunca tinha andado de metrô. “Foi como saltar num poço de areia movediça. É como se eu tivesse 3 meses de idade, começando tudo de novo.” Na decisão de se mudar, pesou o status da Unifesp. “Quando vi que a nota no Enem era boa, percebi que dava para fazer qualquer coisa na Unifesp. Optei pela licenciatura porque gosto dessa história de ser professor.” Uma tia que mora em São Paulo o encorajou a se mudar. Hoje, ele mora no bairro Parque Boturuçu, zona leste da capital.“Vi mesmo a cara de São Paulo quando fui à Avenida Paulista. Fiquei abestalhado.” Mais ambientado, Felipe ainda estranha o excesso de gírias do vocabulário dos colegas paulistanos.“Talvez eu seja muito valorizador da cultura antiga.” Do curso, Felipe não se queixa, embora esteja achando puxado. “Todo mundo acha licenciatura fácil. Não é.” As aulas vão de segunda a sábado. “Às vezes até dá vontade de largar o curso, por causa da família, dos amigos. Mas acabo ficando, porque essa experiência vale a pena.”

Teresina (PI)-Bagé (RS)
Belo Horizonte (MG)-Bagé (RS)
Ao chegar a Bagé (RS), à meia-noite, o calouro de Engenharia de Energias Renováveis e Ambiente da Federal do Pampa (Unipampa) Auridian Fernandes de Souza, de 25 anos, dormiu no banco da rodoviária. Piauiense, lá conheceu dois estudantes, forasteiros como ele, que o levaram para uma pensão. Tempos depois, conseguiu alugar com três colegas um apartamento. Como os quatro não têm dinheiro para equipá-la, a república é improvisada: eles dormem no chão, tomam banho frio e não têm geladeira, fogão ou guarda-roupa.Os apertos de Auridian começaram ainda em Teresina. Sem dinheiro nem para pagar a passagem aérea, juntou R$ 300 vendendo rifas de cestas de chocolate. “Por causa da correria do início, não consegui manter o foco nas aulas”, diz, preocupado com as notas.
A situação melhorou com a Bolsa Instalação, ajuda em cota única de R$ 300 dada pela Unipampa ao aluno que comprovar vulnerabilidade socioeconômica e tiver saído de cidades a mais de 500 quilômetros de distância. "Agora vou poder estudar em paz.” O mineiro de Belo Horizonte Marcos Vieira, de 24 anos, é colega de república de Auridian. Filho de um eletricista e uma faxineira, também desembarcou em Bagé com pouco dinheiro no bolso depois de conseguir vaga no curso de Letras da Unipampa. “Aqui falta transporte e os aluguéis são caros.” A demanda por imóveis cresceu bastante não só por causa da chegada de estudantes, mas também de técnicos e operários que participam da construção de uma termoelétrica. 

São Luís (MA)-Curitiba (PR)
Para o goiano Saulo Penha, de 18 anos, a maior dificuldade não é a falta de dinheiro, mas o clima. Depois de morar por sete anos em São Luís (MA), onde as temperaturas superam facilmente os 30 graus, Saulo estranhou o outono gelado de Curitiba. Os termômetros já marcaram 7,4 graus e podem cair abaixo de zero no inverno. "Sinto falta da praia.”
Matriculado em Engenharia Civil na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Saulo já tinha morado em outras cidades, mas sempre com os pais. A distância de mais de 3 mil quilômetros é compensada apenas pelos telefonemas quase diários para a família. “Morar longe é bem complicado. Nunca tinha nem tentado lavar roupa antes.” O pai, engenheiro civil que trabalha atualmente em Angola, aproveitou as férias em março para acompanhar o filho até Curitiba e o ajudou a alugar um apartamento. Apesar das dificuldades, Saulo não se arrepende de ter optado pela UTFPR. “A faculdade é melhor e dá mais oportunidades.” 

São Bernardo (SP)-Ouro Preto (MG)
Pouso Alegre (MG)-São Paulo (SP)
Bruna Silva, de 19 anos, e Damaris Cristina Peixoto, de 18 anos, fizeram caminhos inversos. Bruna deixou São Bernardo, no ABC, para estudar na Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). “Se eu fosse de Belo Horizonte, poderia ir para casa todo fim de semana”, lamenta. Só dá para a estudante de Filosofia ir para casa nas férias ou em feriados prolongados. Apesar da saudade, todo o resto, diz Bruna, é vantagem. “A gente conhece outro Estado, uma cultura diferente e amadurece rápido.”
Mineira de Pouso Alegre, Damaris faz Ciência e Tecnologia na Federal do ABC, em São Bernardo, onde mora com uma irmã. Mas isso não significa que a vida tem sido fácil. “Quem mora aqui não percebe como é difícil conhecer tudo. É uma correria, vários ônibus que vão e vêm para muitos lugares. Na minha cidade era só uma referência, a avenida principal.” Um dos fatores que prejudicam a adaptação de Damaris é o fato de ela não ter planejado estudar longe de casa. “Não estava me preparando para o vestibular, não me preocupava muito. Quando saiu o resultado, vi que a nota era boa e fui descobrir o Sisu.”

Comercinho (MG)-Garanhuns (PE)
Djeiel Ferreira França, de 18 anos, viveu uma situação parecida. Quando prestou o Enem para Engenharia de Alimentos, ele não imaginava que trocaria sua cidade, Comercinho (MG), município com menos de 10 mil habitantes, por Garanhuns, terra do presidente Lula, no agreste pernambucano. A média de Djeiel no exame não foi suficiente para garantir uma vaga nas federais mineiras de Lavras ou Viçosa. Entrou na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) após um remanejamento. Só então foi pesquisar algo na web sobre a universidade e Garanhuns, que, com 130 mil habitantes, é bem maior que Comercinho.
Djeiel já tinha estudado fora, fez o curso técnico de Agroindústria em Salinas (MG). Na época, porém, via a família todo fim de semana. “Nunca tinha morado sozinho. Ainda é um choque.” Ele vive num quarto simples de hotel, enquanto disputa vaga na residência da federal. Come em restaurantes populares, em regime de total economia – o pai está desempregado e a mãe, professora, banca as despesas. Sobre o curso, de cinco anos de duração, o mineiro afirma que há muito a melhorar. “Tem pouca aula prática. Mas valeu a pena a mudança”, diz Djeiel, que aguarda ansioso o mês que vem para conhecer o forró, violeiros e repentistas de Garanhuns nas festas de São João. “Não vou perder esta oportunidade por nada no mundo.”


Encontrei essa reportagem no estadão e achei muito interessante para quem pretende se mudar para estudar, vale a pena trocar experiências.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Alunos em forma aprendem mais

Incentivar os alunos a se exercitar não evita somente problemas como a obesidade, mas também melhora o desempenho escolar dos estudantes. Essa é a conclusão de um estudo americano que sugere que os alunos em boa forma tendem a apresentar melhores notas na escola.
Para a pesquisa, uma equipe de especialistas comparou o peso, as medidas e os resultados de um teste físico com as notas de um exame escolar padrão, que incluía matemática, leitura e conhecimentos da língua. Foram analisados 749 estudantes da quinta série, 761 da sétima e 479 da nona, que frequentaram a escola entre 2002 e 2003.
Para determinar a condição física de cada aluno, os responsáveis pela pesquisa pediram que os estudantes corressem o equivalente a 1,6 quilômetro. Com um tempo limite de 15 minutos para completar o teste, os meninos demoraram menos de 10 minutos. Já as meninas, realizaram a tarefa em quase 11 minutos. Ao final do estudo, os pesquisadores descobriram que quase 32% dos estudantes apresentavam sobrepeso e cerca de 28% eram obesso.
Os pesquisadores descobriram ainda que 65% dos estudantes estavam abaixo do padrão físico da idade e do gênero. Comparados com esses alunos, aqueles que responderam ou superaram o padrão apresentaram melhores notas no exame escolar. Diferenças de status social ou econômico, gênero, etnia e tamanho não alteraram de maneira significativa essa associação.
De acordo com o professor William J. McCarthy, coordenador da pesquisa, mais estudos são necessários para avaliar por que o exercício aeróbico pode interferir no desempenho escolar. Caso a relação entre exercício físico e melhores notas seja mesmo comprovada, as escolas precisarão rever o investimento em disciplinas como a educação física e outras formas de incentivar o aluno se exercitar, acredita o professor.

As conclusões do estudo foram publicados na revista especializada The Journal of Pediatrics.