quarta-feira, 26 de maio de 2010

Oceanografia: uma profissão, várias áreas

Química no trabalho
Fotos: Bernardo Dantas/ Esp. Aqui PE/ D.A Press Brasil
Já parou para pensar sobre a cor do mar, o gosto da água? Para isso tem a oceanografia química, de onde saem respostas curiosas graças aos estudos dos processos químicos no ecossistema marinho. A oceanografia química estuda duas áreas interligadas: os fenômenos naturais e a poluição marinha.

Segundo a professora da UFPE, Jacqueline Silva Cavalcanti, a área da oceanografia química estuda como as ações humanas interferem no processo natural do mar. "Analisamos como a humanidade está interferindo na vida do oceano e quais consequências virão para a sociedade", comenta Jacqueline.

Física na rotina

Imagine poder transformar os movimentos das ondas do mar em uma equação matemática? Pois bem, essa é uma atividade do oceanógrafo físico. O profissional pode atuar estudando a temperatura superficial do oceano, a quantidade de salinidade nas águas, a variação no nível do mar, dentre outros aspectos.

O professor da UFPE, Antonio Fernando Harter Fetter Filho, veio dos Estados Unidos para ensinar no Brasil a oceanogreafia física. "Amo o meu trabalho e isso faz toda a diferença. Me realizo ao transformar os fenômenos do mar em uma equação matemática", explica Antonio.

A oceanografia trabalha com as ciências exatas e para aqueles que não se dão bem com os cálculos, o professor Antonio dá uma dica super especial: "Procure resolver as suas dificuldades na graduação ou até mesmo depois numa pós. Eu tinha muitos problemas com matemática, então resolvi fazer um aperfeiçoamento dentro do meu doutorado na área em que eu precisava melhorar", afirma.

Geologia e seus desafios

Imagine poder navegar pelos oceanos antigos? Desbravando os mistérios que cercam o fundo do mar? Essas atividades são do oceanógrafo geológico que estuda a paleoceanografia.

Segundo a professora de oceanografia geológica da UFPE, Núbia Chaves Guerra, a paleoceanografia é uma das áreas mais fascinantes. "No estudo dos oceanos antigos encontramos fósseis sedimentarizados e analisamos as rochas calcárias. Aqui em Pernambuco temos a bacia sedimentar Pernambuco-Paraíba que já foi mar e atualmente pesquisamos no local", explica a professora.

O profissional também estuda as jazidas de óleo (como a camada do pré-sal), as jazidas de minerais (como os nódulos de manganês e calcários) e a morfologia submarina (como os vulcões e montes submarinos). Assim explica a professora Núbia: "A área é bastante vasta, pesquisamos as ondas, os tsunamis que são os abalos sísmicos no oceano e as ilhas vulcânicas são apenas um exemplo das opções de trabalho".

Biologia do mar

A vida dentro do oceano é algo mágico e sedutor. Quem decidi seguir carreira como oceanógrafo biológico vai trabalhar estudando a vida dentro do ecossistema marinho. Foi essa escolha que o professor da UFPE, Mário Barletta, fez.

"Eu faço o que melhor sei fazer, por isso decidi pela oceanografia biológica", relata o professor. Mário trabalha num projeto em que estuda os mangues. "Analiso a presença dos animais neste ambiente, que é considerado o berçário de muitas espécies marinhas e como as ações humanas estão interferindo neste cenário natural", ressalta Mário.



Fonte: Diário de Pernambuco

Oceanografia

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