quarta-feira, 12 de maio de 2010

Engenharias crescem em Pernambuco

  O momento de efervescência econômica de Pernambuco tem tido rebatimento expressivo no setor industrial, produzindo a dinamização e o crescimento do segmento, particularmente, no último ano. Este cenário tem criado novas oportunidades e especialidades, privilegiadamente, para a área das angenharias. Como pode atestar o grande interesse que a engenharia de produção vem despertando entre os universitários e, agora, a criação recente do curso de engenharia de materiais, em Pernambuco.
  O engenheiro de materiais trabalha na pesquisa de novos compostos para serem empregados prioritariamente nas indústrias e estudam também novos usos para materiais já existentes. Resinas, cerâmicas, ligas metálicas, plásticos são cuidadosamente analisados para que possam ser repensados, aprimorados e até projetados, de maneira a atender da forma mais eficiente possível as demandas das companhias e dos consumidores. Neste contexto, é papel desse engenheiro selecionar a matéria-prima, além de definir os métodos de produção e de utilização do material. Ele pode atuar em uma das três áreas escolhidas como habilitação no terceiro ano de seu curso de graduação: metais, cerâmicas ou polímeros (plásticos).
  Os organizadores do curso da UFPE dão os primeiros passos com cautela, abrindo apenas 20 vagas anuais e tentando, assim, evitar um possível inchaço na oferta de profissionais, como acontece em muitos cursos.
  De acordo com o coordenador de engenharia de materiais, Cezar Gonzalez, citado no site da UFPE, o surgimento do curso responde a uma crescente necessidade que já existia por parte das indústrias da região. O trabalho desenvolvido pelos engenheiros de materiais encontra forte demanda em indústrias petroquímicas, siderúrgicas e automobilísticas. Outro fator que tem aberto portas para esses profissionais é a recente busca pela solução de problemas ambientais. Caso, por exemplo, de poluentes como as sacolas plásticas que, hoje, representam cerca de 10% do total do lixo no Brasil e precisam ser reconsideradas para diminuir o impacto negativo que possuem no meio ambiente. Portanto, desenvolver materiais que sejam menos agressivos à natureza e que, ao mesmo tempo, supram as necessidades das empresas e dos consumidores, representa um grande desafio para os engenheiros de materiais.

  Entretanto, essa nova especialidade deve ser explorada com atenção, apesar do ambiente em ebulição para as profissões que podem aproveitar essa dinamização do parque industrial. O mercado já absorvia profissionais de engenharia química para exercer as atividades desempenhadas por esse engenheiro. Por essa razão, os organizadores do curso da UFPE dão os primeiros passos com cautela, abrindo apenas 20 vagas anuais e tentando, assim, evitar um possível inchaço na oferta de profissionais, como acontece em muitos cursos.

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