Dos 49 navios contratados pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Petrobras, 30 serão construídos em Pernambuco. O EAS construirá 22 petroleiros e o Promar, oito embarcações para transportar gás.
“Muitos empresários modernizaram as suas fábricas para serem prestadores de serviço do EAS e isso vai continuar”, afirmou o presidente do Sindicato da Indústria Metalmecânica de Pernambuco (Simmepe), Sebastião Pontes. Os navios fabricados dentro do Promef devem obedecer a um índice mínimo de 70% de nacionalização.
A consolidação do polo naval em Pernambuco cria um desafio: a demanda por trabalhadores. Apenas o Promar, anunciado ontem, e o EAS vão demandar 6.500 profissionais quando estiverem a pleno vapor.
Na época em que o EAS anunciou a sua implantação, houve uma verdadeira corrida para formação de mão de obra em Suape. Especialistas do setor naval explicam que os obstáculos serão menores nesse segundo momento, pós-pioneirismo, e que a hora é de formar quadros especializados para assumir posições de destaque.
O diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial em Pernambuco (Senai-PE), Antônio Carlos Maranhão Aguiar, é categórico ao afirmar que não há risco de “apagão” de mão de obra. “Já está acontecendo a inserção das instituições de ensino superior na cadeia naval”, acrescentou. A Universidade de Pernambuco (UPE) forma este ano sua segunda turma na especialização em engenharia naval, enquanto a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) prepara o lançamento da graduação na área.
O coordenador da divisão de Petróleo, Gás e Offshore da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Antônio Sotero, adiantou que, em agosto, deverá ser lançada a segunda versão do reforço escolar para quem possui o ensino fundamental incompleto. “Serão 20 mil pessoas avaliadas. Quem estiver preparado segue para a capacitação técnica. Nosso planejamento é dar aulas de matemática, português e lógica a 10 mil trabalhadores”, contou.
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