quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Baixa adesão ao FIES sem fiador

  O Ministério da Educação (MEC) teve de reunir, na tarde de ontem, 55 representantes de instituições privadas para esclarecimentos de programas vinculados à educação superior, em especial, ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). O motivo foi a baixa adesão das instituições ao Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgduc).   A sigla revela-se pouco conhecida até pelos principais interessados — estudantes e instituições —, de acordo com o próprio MEC. A criação do fundo, que permite a utilização do Fies sem a necessidade de um fiador, foi anunciada em outubro do ano passado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa do ministro da educação, Fernando Haddad, era ter a adesão ao Fgduc, de todas as instituições participantes do Fies, até o fim de 2010. O resultado da política, no entanto, ainda está muito abaixo do esperado: de 863 mantenedoras do ensino superior, 148 aderiram ao fundo; e de 1.362 instituições, apenas 272 fizeram a adesão.

   “Por desconhecimento, a adesão ao fundo ainda é baixa. Eu digo por desconhecimento porque as condições são extremamente favoráveis. Fazemos uma retenção para o fundo de apenas 7% do que é enviado para as instituições relativo aos estudantes sem fiador. E temos um potencial enorme de jovens”, afirmou Haddad. De acordo com o ministério, 2% do retido ainda poderão retornar à universidade, dependendo do nível de inadimplência observado. O coordenador de Orçamento e Finanças da Universidade de Santa Cruz do Sul, Egardo Orlando Kuentzer, afirmou que a universidade já aderiu ao Fgduc e que, atualmente, 30% dos graduandos são vinculados ao Fies. “Compensa entrar no Fgduc porque a universidade corre um grande risco de inadimplência com casos de até 100% de financiamento pelo estudante. Com o fundo, abrimos mão de 7% e estamos garantidos”, disse.


   O presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), Gabriel Rodrigues, reafirmou a disposição das instituições em fortalecer as adesões: “É tudo falta de informação porque o sistema precisa se expandir e tem necessidade de alunos.” E o ministro reiterou que estudantes interessados não faltam. Para ele, as universidades devem começar a utilizar a demanda do Programa Universidade para Todos (ProUni), que concede bolsas integrais e parciais para a graduação. “No último ProUni, tivemos 800 mil estudantes na lista de espera, dos quais 360 mil são jovens interessados na licenciatura. Os estudantes e instituições devem saber que o Fies funciona praticamente como uma bolsa para estes estudantes”, lembrou. O Fies permite o abatimento da dívida do graduado que trabalhar em escola da rede pública de ensino.

1 opiniões:

Anônimo disse...

O que fica chato é a nota do enem que tem que ser 450 pontos para ser aprovado no Fies, poxa, vamos ter um bom senso pois nem todo mundo não tem esses pontos e eu acho que isso não quer dizer que a pessoa não saiba de nada. O que vale é que o mesmo pague depois.

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