terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Falar bem conta pontos em vestibular

Daniel Teixeira/AE
  O estudante Fellipe Camargo, de 20 anos, admite que nunca foi da turma dos “quietinhos”. Mas, se na escola os professores reclamavam de suas  conversas paralelas durante as aulas, na universidade elas são incentivadas e ele é visto como “comunicativo”. Falar bem virou uma habilidade tão valorizada  no mercado que algumas faculdades da capital adotaram provas orais em seus processos seletivos e focam no aperfeiçoamento da capacidade verbal durante a formação universitária do aluno.
  Capacidade verbal em teste: Fellipe fez prova oral antes de cursar arquitetura na Escola da Cidade

  A ideia central dessa valorização da oratória é que o estudante chegue ao  mercado como um profissional minimamente articulado. Nos vestibulares que cobram a oralidade, por exemplo, o conceito é mais amplo que uma simples “chamada oral”.

  “Buscamos mapear o universo de aptidão do candidato. O discurso oral não tem respostas corretas. Fazemos uma entrevista”, diz Anália Amorim, presidente da Associação da Escola da Cidade, faculdade de arquitetura e urbanismo que analisa o quanto seus vestibulandos são articulados.

  Mesmo após descobrir que a prova oral da Escola da Cidade não era critério de corte no vestibular, Fellipe Camargo ainda manteve o receio em relação ao formato da avaliação. “Fiquei surpreso. Imaginei que eles fariam perguntas específicas sobre arquitetura ou urbanismo”, diz o universitário, que cursa o segundo ano de arquitetura.

  Tímido, o advogado Daniel Tavela Luís, de 23 anos, conta que recorreu a “aulas específicas” para evitar surpresas na segunda fase do vestibular para Direito na Fundação Getúlio Vargas (FGV), outra instituição que cobra a oratória. “Sabia que seria assim (prova oral) e me preparei. Desenvolvi a  habilidade no colégio. Falar envolve conteúdo e domínio em habilidades de comunicação”, diz o advogado, formado em 2009.

“Avaliamos a argumentação, contextualização, raciocínio, conhecimentos gerais e a capacidade de ouvir dos candidatos”, diz Adriana de Faria, coordenadora do curso de Direito da FGV-SP.

  Desenvolver a habilidade verbal é uma meta educativa, de acordo com a professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Silvia Colello. “Mas as escolas sempre privilegiaram a língua escrita e não a falada, numa valorização do silêncio”, diz.

Em alguns colégios da cidade, a oralidade é desenvolvida desde os anos iniciais. “Insuflamos debates para desenvolver argumentação e senso  crítico”, diz o diretor do Colégio Vértice, Adilson Garcia. No Dante Alighieri, são comuns debates e seminários. “Assim, alunos são capazes de dialogar sem  reproduzir pontos de vista de terceiros”, diz o diretor da instituição, Lauro Spaggiari. 


Dicas de um especialista:


  Professor em comunicação e autor de livros sobre expressão verbal, Reinaldo Polito listou, a pedido do JT, orientações para ajudar o aluno a falar em público: 


- Não tente falar em público de maneira diferente. “Mantenha a naturalidade. Imagine uma conversa entre  amigos”, diz o professor


- Demonstre envolvimento na conversa e com o tema que está sendo discutido

- Evite gírias e vícios de linguagens. “São erros que devem ser eliminados do vocabulário com o tempo. Não  espere uma prova para tentar corrigi-los”


- Aprenda a completar a informação. “Todo raciocínio deve ter começo, meio e fim. Não deixe que o ouvinte  conclua o seu raciocínio” 


- Fale com um bom tom de voz, equilibrado. Não  grite, nem fale muito baixo. “Alto demais, pode parecer ansiedade. Muito baixo, pode parecer timidez”


- Alterne o ritmo de sua fala. “Candência dá ritmo e estrutura melhor o raciocínio” 


- Use bem as pausas. “Respire e aproveite as pausas entre as frases. Use o silêncio para dar ritmo à fala”


- Evite erros gramaticais. “Eles acabam com o discurso de qualquer um”

- Controle os gestos. “Não gesticule demais, nem fique paralisado. Tente ser o mais natural nos movimentos”


- Mantenha o semblante arejado

Fonte: O Estadão

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

300 feras perdem matrícula na UFPE

  Conforme determinação do Ministério Público Federal (MPF), a Comissão de Vestibular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) entregou, na tarde dessa quinta-feira (17) ao órgão a relação de todos os candidatos que tiveram a matrícula indeferida por não se adequarem à política de incentivo, além dos relatórios com os passos que cada um fez no sistema, citando data e horário exatos. A relação dos feras que perderam a matrícula traz 300 nomes e também foi divulgada no site da Covest.


  Esses relatórios, segundo a Covest, mostram o momento em que o candidato modificou a opção, solicitando o bônus de 10% na nota. “Com isso, esperamos comprovar que o erro foi do aluno e não da Covest e esclarecer o caso”, explicou o presidente em exercício da comissão, Armando Cavalcanti. De acordo com o professor.

Erro
A Covest vai analisar cada caso dos estudantes que perderam o incentivo. Esses alunos serão convocados por meio de telefone, e-mail ou telegrama. Oriundos de escola particular, os estudantes afirmam que não solicitaram o benefício, mas foram contemplados com o acréscimo de 10% na nota. Quando foram efetuar a matrícula, não comprovaram que vinham de escola pública, perderam o bônus e, com isso, não tiveram nota suficiente para ingressar no curso.


Fonte: Jornal do Commercio

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

2º Remanejamento UPE

  A UPE divulgou, nesta quinta (17), os nomes dos candidatos classificados pelo segundo remanejamento do Vestibular 2011 da instituição.

» CLIQUE AQUI PARA ACESSAR AS LISTAGENS:
Vestibular Tradicional
Vestibular Seriado


  Os feras contemplados devem ficar bem atentos, pois as matrículas já serão realizadas nesta sexta-feira (18). Quem não comparecer no local e data estabelecidos estará automaticamente desclassificado.

DOCUMENTOS 
  Para a matrícula, o candidato deverá apresentar duas fotos 3x4 atualizadas e ainda original e cópia ou só cópia autenticada dos seguintes documentos: Identidade; CPF; Certificado de conclusão do ensino médio com respectivo histórico escolar; Certidão de nascimento ou de casamento; Título de eleitor e comprovante de votação.
Para homens, também é necessário levar o comprovante de quitação do Serviço Militar, se maior de 18 anos. Para o cotista, o histórico escolar deve comprovar que estudou os três anos do ensino médio e os anos finais do 6o ao 9o (antiga 5a a 8a série) do ensino fundamental em escola pública estadual ou municipal

CRONOGRAMA 
  A previsão é de que a terceira lista de remanejamento seja divulgada no dia 24. As matrículas dos cursos oferecidos em Recife e em Camaragibe deverão ser feitas no horário das 8h às 16h, na Reitoria da UPE, na Avenida Agamenon Magalhães, s/n, Santo Amaro, Recife. Os candidatos classificados nos cursos oferecidos no Interior deverão se dirigir às unidades correspondentes aos cursos ao qual se inscreveram.
Como a matrícula da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foi modificada para o início de fevereiro, a UPE considerou necessário o ajuste do calendário de remanejamento do Vestibular 2011 da instituição. Aos candidatos, atenção redobrada para que não haja vagas ociosas:
16/02/2011 - Divulgação do 2° Remanejamento
18/02/2011 - Matrícula do 2° Remanejamento
24/02/2011 - Divulgação do 3° Remanejamento
26/02/2011 - Matrícula do 3° Remanejamento

Fonte: Jornal do Commercio

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Enfrentando as mudanças da vida universitária

  Para muitos estudantes, a aprovação no vestibular é vista como uma revolução, uma grande divisão entre duas fases da vida. Mas essa expectativa, segundo o psicólogo Fernando Elias José, pode não se confirmar. "No fundo, muda muito pouco", afirma.

   Confira algumas dicas que ele dá para os novos calouros aproveitarem a vida universitária sem decepções:


   Lembre-se que passar no vestibular não significa que sua vida vai melhorar. Ao contrário: haverá mais cobrança, preocupações e estresse. Também será preciso ter mais responsabilidade


   Respeite cada momento da faculdade e não tente "atropelar" etapas


   Aproveite com intensidade os primeiros meses, que são uma mistura de euforia e novidade. Não encare como um período em que você deve decidir se gostou ou não do curso, ainda é muito cedo para isso. "Essa nova geração 'Y' quer uma resposta super-rápida para tudo, mas nem sempre as coisas funcionam assim", diz o psicólogo


   Faça um "reconhecimento do terreno": conheça a universidade, descubra onde estão as coisas, que outras atividades pode aproveitar. O mesmo vale para a cidade, caso você tenha se mudado, principalmente em relação a cultura e linguagem locais. "O estudante não pode colocar todas as suas expectativas apenas no curso, precisa conhecer essa nova vida ao redor dele, pois vai conviver com isso por 4, 5 anos. Só depois disso ele começa a ter condições de avaliar se está bem ou não."


   Não se preocupe se não gostar 100% do seu curso. "Tem dias que a gente gosta, tem dias que não. Mas isso não significa que está no curso errado, é algo normal. A gente nunca está totalmente feliz."


   Não desanime se não gostar de algum professor --o que é bem comum. Procure informações por conta própria ou com colegas mais velhos, mas não deixe de estudar só porque o professor não colaborou


   Mesmo durante a faculdade, informe-se sobre a carreira escolhida, leia notícias relacionadas a ela. Isso ajuda a esclarecer dúvidas e diminui a ansiedade.

Fonte: ABRE 

Primeiro remanejamento UFPE

  A relação com os nomes dos primeiros alunos remanejados no Vestibular 2011 da UFPE foram divulgados no início da manhã desta terça-feira (15). A lista com os contemplados pode ser conferida aqui (primeiros reclassificados no campus Recife). O site da Covest também traz os remanejados nos campus Vitória e Caruaru (clique aqui), além da lista dos primeiros classificáveis após o primeiro remanejamento (aqui).

  Para a matrícula dos remanejados, que acontece na próxima quinta-feira (17), é necessário apresentar, em cópia legível e autenticada, documentos de identidade; título de eleitor e comprovante de quitação com o Serviço Eleitoral nos dois turnos (se maior de 18 anos) ou protocolo de cartório eleitoral; comprovante de quitação com o Serviço Militar; certidão de nascimento ou de casamento; CPF; histórico escolar e certidão de conclusão do ensino médio (ficha modelo 19 ou equivalente) ou certidão de exame supletivo do ensino médio.

  Além da documentação, também é necessário apresentar um comprovante de depósito em nome da Universidade Federal de Pernambuco no valor de R$ 7, através de depósito no Banco do Brasil, na conta da União, utilizando-se do código identificador nº 15308015233288322 e o número do CPF, referente ao manual acadêmico.

  O aluno deve levar ainda a ficha de dados cadastrais preenchida (anexa ao manual) e uma foto 3x4.

FIES para o ensino técnico

Ernesto Rodrigues/AE-13/3/2007
  O governo federal quer conceder financiamento aos trabalhadores que pretendem voltar a estudar. Uma das ações do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec), recém-anunciado pela presidente Dilma Rousseff, será instituir o Financiamento Estudantil (Fies) específico para quem terminou o ensino médio, mas quer fazer curso técnico.
Ernesto Rodrigues/AE-13/3/2007
Sem avaliação. Hoje, escolas de nível médio são ligadas ao Conselho Estadual de Educação
O novo Fies trará um efeito colateral positivo: como por lei o governo só pode financiar mensalidades de escolas com boa avaliação, o Ministério da Educação (MEC) prepara, pela primeira vez, um instrumento de avaliação do ensino técnico privado.
  O financiamento tem como alvo pessoas que já terminaram os estudos, mas querem fazer uma qualificação técnica. A legislação atual permite o ensino técnico subsequente - ou seja, realizado após o ensino médio - desde que o curso tenha pelo menos 160 horas de duração.
  Atualmente, a maior parte das vagas em escolas técnicas do País é pública, seja estadual ou federal. Ainda assim, existem 2.537 instituições privadas que oferecem 47% das matrículas existentes, o equivalente a 544,6 mil vagas.
O acesso às escolas públicas costuma ser quase tão disputado quanto uma vaga em uma universidade federal. Além disso, a maior parte delas é integrada ao ensino médio. A intenção do ministério, com o novo Fies, é permitir que os trabalhadores que estão no mercado consigam uma qualificação profissional de razoável qualidade, mesmo que o governo pague por isso.
Os juros do novo Fies - tanto para o ensino superior como para o técnico - baixaram. São, desde o início de 2011, de 3,4% ao ano. Esse era o índice para os cursos de licenciatura, enquanto para os demais os juros alcançavam 6% ao ano. O governo também extinguiu a necessidade de fiador para quem ganha até 1,5 salário mínimo, o que transforma o Fies quase em uma bolsa paga pelo governo.
  A questão que não está totalmente resolvida é a da qualidade. A lei do Fies exige que apenas escolas com boa estrutura e bons resultados possam fazer parte do Fies. No ensino superior, usa-se o Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade). No ensino técnico, a avaliação está sendo criada.
"Por serem escolas de nível médio, elas são ligadas aos conselhos estaduais de educação. Não tínhamos poder sobre essas instituições privadas", diz o secretário de Ensino Técnico do MEC, Eliezer Pacheco. "Agora, acredito que a maior parte delas vai querer participar do Fies, o que nos abre a porta para a avaliação."
  O secretário explica que a intenção não é fazer uma prova, como o Enade ou o Enem, mas um instrumento de avaliação com visitas in loco - o que já é feito no ensino superior, como parte da avaliação. "Estamos finalizando um instrumento de avaliação e veremos se a escola tem oficinas, bibliotecas, qual a formação dos professores. São quesitos como esses que usaremos para avaliar a instituição", disse ao Estado. É um processo demorado. Com isso, pode-se prever que, ao menos no início, o Fies vai funcionar com poucas vagas.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Diulgada terceira lista de aprovados do SiSU

  A terceira e última lista de aprovados para vagas em instituições públicas de ensino superior pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU) já está disponível no site da ferramenta do Ministério da Educação
  O sistema seleciona estudantes por meio da nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e neste ano ofereceu 83 mil vagas. Os convocados terão os dias 15 e 16 (terça e quarta-feira) para realizar a matrícula nas faculdades para as quais foram aprovados.
   Os candidatos deverão acessar o boletim individual do aluno para saber se foram selecionados. Na página do SiSU também são informados os documentos necessários para realizar a matrícula. Concorrem nesta terceira fase os alunos que não haviam sido convocados na primeira e segunda chamadas e os que passaram na segunda opção, que seguem na disputa da primeira escolha.  Quem passou em primeira opção e não se matriculou perde a vaga.
  Os alunos que não foram aprovados até agora poderão optar por se inscrever em uma lista de espera no site do SiSU. As instituições de ensino convocarão os estudantes para possíveis vagas remanescentes de acordo com critérios próprios.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Gare atrás de remanejamentos

  Os feras que não tiveram o nome publicado no listão de aprovados ainda podem conquistar uma vaga nas universidades. A esperança desses estudantes está nos remanejamentos. E para tornar o sonho ainda mais real, um grupo de alunos, pais e professores decidiram se mobilizar. O trabalho deles começa nos dias de matrículas e é convencer o estudante que foi aprovado em mais de uma instituição pública a liberar uma das vagas para quem pode ser remanejado.

  Aprovada no vestibular de Medicina da Universidade de Pernambuco (UPE) e da Universidade Federal de Pernambuco, Aline Costa Pinheiro, teve dois compromissos nesta quinta-feira (10). “Um é fazer a matrícula da Federal e o outro é cancelar minha vaga na UPE, porque eu passei no mesmo curso nas duas universidades”, afirma.

  Quem por pouco não foi aprovado espera que aqueles que passaram em mais de um vestibular abram mão de uma das universidades. Só com isso é possível fazer o remanejamento. Para evitar este desperdício de vagas, há 17 anos, alguns professores, alunos e pais criaram o Grupo de Apoio aos Remanejáveis (Gare).

  O trabalho do Gare começa quando as universidades públicas, de todo o Brasil, divulgam as listas com o nome dos aprovados. A partir daí, é feita uma busca por aqueles que aparecem em mais de uma. Identificados os candidatos, vem a parte mais difícil: localizar cada um deles e mostrar a importância de fazer a matrícula em apenas uma das universidades.

  É fácil achar quem está nesta missão. Todos vestem um colete verde e acompanham de perto a matrícula nas principais universidades. “O verde representa a esperança”, justifica o voluntário Leonardo Campello.

  Esperança e cuidado para explicar que, há dois anos, existe uma lei que proíbe que um mesmo aluno ocupe duas vagas em cursos iguais de instituições públicas diferentes. E ninguém quer perder essas pessoas de vista.

  “Anotamos nome, telefone, e-mail para contato. Porque se a pessoa passou na Federal e na UPE, para a gente ter um posterior contato, para saber qual universidade ela vai preferir, se a Federal ou a UPE”, disse a voluntária Laila Carvalho.

  E tanto esforço, dá resultado. “Em 2008, tivemos uma média de 123 remanejamentos no curso de Medicina. Em 2009 foram 121 e em 2010 nós tivemos 120, mais ou menos. É um trabalho com muito resultado, mas agora é preciso que haja conscientização da sociedade em virtude de que é um trabalho muito grande e nós temos poucas andorinhas trabalhando”, destacou a presidente do Gare, Deuzani Leão.

  Ela disse ainda que o trabalho está se modernizando e pode ajudar ainda mais os estudantes. “Até o ano passado nós fazíamos um trabalho de formiguinha, era manual. Hoje, nós estamos fazendo o trabalho com sistema. Trabalhamos com um Excel e depois que sai o resultado do vestibular, duas ou três horas depois, nós já temos todos os cruzamentos com os vestibulares que saíram anteriormente. Então é um trabalho muito rápido em virtude da tecnologia”, finaliza.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Baixa adesão ao FIES sem fiador

  O Ministério da Educação (MEC) teve de reunir, na tarde de ontem, 55 representantes de instituições privadas para esclarecimentos de programas vinculados à educação superior, em especial, ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). O motivo foi a baixa adesão das instituições ao Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgduc).   A sigla revela-se pouco conhecida até pelos principais interessados — estudantes e instituições —, de acordo com o próprio MEC. A criação do fundo, que permite a utilização do Fies sem a necessidade de um fiador, foi anunciada em outubro do ano passado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa do ministro da educação, Fernando Haddad, era ter a adesão ao Fgduc, de todas as instituições participantes do Fies, até o fim de 2010. O resultado da política, no entanto, ainda está muito abaixo do esperado: de 863 mantenedoras do ensino superior, 148 aderiram ao fundo; e de 1.362 instituições, apenas 272 fizeram a adesão.

   “Por desconhecimento, a adesão ao fundo ainda é baixa. Eu digo por desconhecimento porque as condições são extremamente favoráveis. Fazemos uma retenção para o fundo de apenas 7% do que é enviado para as instituições relativo aos estudantes sem fiador. E temos um potencial enorme de jovens”, afirmou Haddad. De acordo com o ministério, 2% do retido ainda poderão retornar à universidade, dependendo do nível de inadimplência observado. O coordenador de Orçamento e Finanças da Universidade de Santa Cruz do Sul, Egardo Orlando Kuentzer, afirmou que a universidade já aderiu ao Fgduc e que, atualmente, 30% dos graduandos são vinculados ao Fies. “Compensa entrar no Fgduc porque a universidade corre um grande risco de inadimplência com casos de até 100% de financiamento pelo estudante. Com o fundo, abrimos mão de 7% e estamos garantidos”, disse.


   O presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), Gabriel Rodrigues, reafirmou a disposição das instituições em fortalecer as adesões: “É tudo falta de informação porque o sistema precisa se expandir e tem necessidade de alunos.” E o ministro reiterou que estudantes interessados não faltam. Para ele, as universidades devem começar a utilizar a demanda do Programa Universidade para Todos (ProUni), que concede bolsas integrais e parciais para a graduação. “No último ProUni, tivemos 800 mil estudantes na lista de espera, dos quais 360 mil são jovens interessados na licenciatura. Os estudantes e instituições devem saber que o Fies funciona praticamente como uma bolsa para estes estudantes”, lembrou. O Fies permite o abatimento da dívida do graduado que trabalhar em escola da rede pública de ensino.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Aprovados na UFPE perdem bônus e não se matriculam

  Pelo menos dez alunos de escolas particulares que teriam sido classificados no Vestibular 2011 da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) tiveram um susto na hora de realizar a matrícula, nessa segunda-feira (7). Eles alegam que receberam o bônus de 10% - conferido a alunos de escola pública - sem terem solicitado o benefício e, quando foram se matricular, tiveram o acréscimo suspenso. Sem a bonificação, os feras não tiveram nota suficiente para ingressar na universidade e, por isso, foram desclassificados. A Comissão de Vestibular (Covest), porém, afirma que o erro foi dos próprios feras.

  De acordo com o presidente interino da Covest, Armando Cavalcanti, alguns alunos marcaram a opção para receber incentivo sem ler o conteúdo de requisitos para se habilitar ao bônus. "Se não podem comprovar que foram oriundos de escola pública perdem os 10% e o argumento de classificação é recalculado", afirma. No entanto, houve feras que afirmam comprovar, através do Cartão de Confirmação de Inscrição (CCI), que não solicitaram o benefício.

A falta de documentos comprobatórios, no ato da matrícula, acarretará o indeferimento da solicitação e, consequentemente, alterará a forma de cálculo do argumento de classificação do candidato (Manual do Candidato)


  No ano passado a Justiça Federal obrigou a Covest a estender o bônus de 10% para alunos de todas as escolas públicas do País - até então restrito a unidades de ensino pernambucanas -, quando as inscrições do Vestibular 2011 já estavam abertas. "Com isso o candidato teve a possibilidade de reabrir o processo de inscrição e optar pelo 'sim'. O fera pode ter confundido e ter colocado 'sim', inadvertidamente. No entanto, esse dado não foi alterado no CCI, apenas no cadastro da matrícula", afirma o presidente.

  A Covest recomenda a todos que tiveram problemas com a matrícula abrir um requerimento para que a comissão analise o caso. Cavalcanti acredita que o número desse tipo de reclamação deverá aumentar a partir desta quinta-feira (10), quando haverá as matrículas dos classificados em medicina. No Vestibular 2011 da UFPE, 40.969 candidatos se inscreveram para disputar cerca de 6.300 vagas e uma média de 2.500 foram beneficiados com o incentivo.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Matrículas de feras UFPE começam segunda (7)

  Os feras classificados no Vestibular 2011 da UFPE começam a fazer suas matrículas nesta segunda-feira (7). O candidato deve seguir o cronograma, disponível no hotsite do Vestibular 2011, no site da Covest. Os registros serão feitos nos campi para os quais o aluno foi selecionado.

  Os aprovados para o Recife devem se encaminhar para o Centro de Ciências Sociais Aplicadas, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Os seguintes documentos serão solicitados:

  Identidade, título de eleitor e comprovante de quitação do serviço eleitoral para maiores de 18 anos ou protocolo de cartório eleitoral, comprovante de quitação com o serviço militar (sexo masculino), certidão de nascimento ou casamento e CPF, histórico escolar, certidão de conclusão do ensino médio ou certidão de exame supletivo de ensino médio (todos em cópia legível e autenticada).

  Seguem comprovante de depósito no valor de R$ 7 em nova da Universidade Federal de Pernambuco, ficha de dados cadastrais preenchida e uma foto 3x4.

Dicas para o ano de Vestibular

Mil e uma atividades
Se você é uma pessoa dinâmica, que faz mil atividades semanais, chegou a hora de decidir o que vai parar e o que vai continuar. Não é necessário abandonar todas as suas atividades de lazer ou cultura, é preciso apenas organizar o seu horário e priorizar o que é mais importante. Você pode, por exemplo, continuar com o curso de línguas, pois esse tipo de conhecimento é muito útil nos vestibulares. Mas as aulas de guitarra, as viagens e os finais de semana agitados devem ser repensados. Isso não quer dizer abandonar os seus programas favoritos, mas sim adiá-los até o próximo ano quando, se tudo der certo, você vai estar na faculdade, e terá tempo livre para retomar sua rotina.

Organograma
Quem pretende conseguir uma vaga em uma faculdade e para isso vai enfrentar um vestibular super concorrido deve começar desde cedo a organizar seus horários. É aquela coisa chata, mas muito eficiente: Horário de acordar, de dormir, de comer, de se divertir (o que é essencial) e, principalmente, de estudar. Sua rotina deve ser controlada para que tudo funcione na dosagem certa. Isso porque nada em excesso é bom, nem mesmo estudar demasiadamente. Além das horas diárias de aula do colégio ou do cursinho, o recomendado é mais 3 ou 4 horas de estudo durante o período que estiver em casa. Se preferir, procure uma biblioteca próxima ou até mesmo na escola, para evitar a tentação de assistir TV, acessar a internet ou até mesmo dar um cochilo na hora programada para o estudo. Depois, você pode sair com os amigos, continuar alguma atividade de lazer e até namorar. Mas não esqueça, vá dormir cedo (nada de estudar de madrugada), pois o sono e o cansaço mental dificultam a aprendizagem. Não pense que tomando energéticos ou estimulantes conseguirá ficar concentrado, eles só farão mal à sua saúde.

Explorando as dificuldades
Você tem muita dificuldade em uma matéria essencial? Não se preocupe, isso é muito comum. Por mais que o “gênio” da sua sala pareça entender de tudo, pode apostar que ele não nasceu sabendo, mas sim, se esforçou o suficiente para aprender. O que fazer? Nada de fugir da matemática só porque tem dificuldades. O correto é fazer o contrário, dedicar mais atenção às matérias que você não domina bem já que, subentende-se que você tem facilidade com as outras e pode dedicar menos tempo a elas. Mas atenção, menos tempo não quer dizer nenhum tempo! O ideal é organizar seu horário de estudo de forma a nunca deixar nenhuma matéria de lado, especialmente as mais difíceis. Outra dica importante é nunca levar dúvidas para casa. Extraia o máximo de conhecimento de seus professores e, mesmo que continue com dificuldades, procure-o fora do horário de aula para saná-las.

Pratique
Faça simulados, resolva provas antigas (as universidades costumam aproveitar algumas questões de suas provas anteriores para os vestibulares atuais, modificando apenas alguns detalhes), vá à aulões especiais e seja treineiro. Quanto mais provas você fizer, mais fácil ficará na hora de encarar o vestibular pra valer, você já estará familiarizado com o horário da prova, com os procedimentos comuns e com a sua própria ansiedade. Além disso, fazer a prova do vestibular da faculdade em que você pretende estudar como treineiro ajuda a conhecer o tipo de prova da instituição e diminui o nervosismo quando chegar a hora do vestibular pra valer.

Leia muito
Torne a leitura um hábito cotidiano, se já não for. Nessa época é que você deve estar mais informado, pois as provas de vestibular costumam ser contextualizadas com os assuntos do ano, principalmente no que diz respeito ao tema da redação. Leia jornais, revistas, sites de notícia ou artigos, e assista a telejornais de diferentes canais da TV. Isso porque cada meio de comunicação tem uma linha editorial, ou seja, assistindo e lendo a jornais de diferentes empresas você terá acesso às argumentações opostas e diferenciadas, o que facilita a compreensão dos fatos. Se você tem um blog comece a escrever sobre os temas polêmicos da semana, e se não tem, faça-o em seus cadernos mesmo. A prática da escrita (que depende de uma leitura constante) o ajudará a enfrentar a redação do vestibular com mais tranqüilidade. Aponte argumentos, faça listas de prós e contras e coloque a cabeça para funcionar, em uma dessas você pode até dar a sorte de escrever sobre o tema da redação antes mesmo do vestibular.

Novas práticas
Essas são algumas práticas que você pode inserir em sua rotina durante todo o ano pré-vestibular. Preparando-se durante o ano você tem mais chances de passar no vestibular do que dedicando os meses de véspera da prova a recuperar o tempo perdido. Não deixe suas matérias se acumularem, anote suas dúvidas e tente resolvê-las e, acima de tudo, não deixe de viver sua vida, conviver com os amigos e namorar. Afinal, a convivência social é fundamental para a construção de sua personalidade e de suas opiniões.

Fonte: Brasil Escola

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sobram bolsas do PROUNI

  Apesar do número recorde de inscritos nesta edição do Programa Universidade para Todos (ProUni) – mais de 1 milhão – ainda sobram bolsas.   
  Para o primeiro semestre de 2011, a oferta foi de 123 mil bolsas, mas 117,6 mil estudantes foram convocados em primeira chamada para preenchê-las. Os números mostram uma ociosidade de 4% do total. Dos pré-selecionados, nem todos conseguirão efetivar a matrícula, caso não consigam comprovar que atendem aos critérios de renda exigidos pelo programa.

   Desde 2005, o ProUni oferece bolsas de estudo para ex-alunos de escola pública que tenham bom desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para conseguir o benefício integral, o candidato precisa ter renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo. No caso das bolsas parciais, que custeiam 50% das mensalidades, a renda por pessoa pode deve ser de até 3 salários mínimos. Até o ano passado, 748 mil estudantes tiveram acesso a uma bolsa do programa.


   Para a professora da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora do tema Elizabeth Balbachevsky esse fenômeno está ligado à própria característica do programa. “O ProUni procura um estudante com perfil raro porque ele precisa ter um desempenho de mediano para bom no Enem, que tem se tornado uma prova cada vez mais difícil e competitiva. Ao mesmo tempo, o candidato precisa ter uma renda muito baixa. São critérios bastante exigentes”, avalia.


   De acordo com o Ministério da Educação, 87% das 5.526 bolsas que não foram preenchidas são de cursos de educação a distância. A falta de interesse dos alunos por essa modalidade de ensino seria uma das explicações para a sobra. Outra característica dessas vagas é que a maioria (87%) é parcial – o restante da mensalidade precisaria ser custeado pelo estudante. Entre as integrais, menos de 1% não foi ocupado.


   “Existe um preconceito grande na sociedade brasileira, não completamente infundado, com a educação a distância. O estudante pode preferir não se inscrever para a bolsa que não é presencial por ter um certo receio de investir nessa modalidade”, avalia Elizabeth.


   Ainda será divulgada uma segunda chamada do ProUni e, caso ainda haja bolsas disponíveis, o MEC abrirá um novo período de inscrições no período de 21 a 24 de fevereiro. Os 117 mil candidatos devem comparecer às instituições de ensino para onde foram selecionados até o dia 4 de fevereiro para matrícula e comprovação das informações prestadas durante as inscrições. No dia 11 de fevereiro, será divulgada a segunda chamada, com prazo de comprovação de documentos até 17 de fevereiro.